quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Obama é favorável a taxar refrigerantes para combater obesidade

O presidente americano, Barack Obama, declarou-se favorável à ideia de impor uma taxa adicional sobre os refrigerantes para financiar o combate à obesidade, mas admitiu que os interesses econômicos em jogo tornam o caso complicado.

"É uma ideia que deveríamos aprofundar", declarou Obama à revista Men‘s Health, referindo-se à sugestão de instaurar uma taxa adicional sobre os refrigerantes e outros produtos ricos em açúcar para lutar contra a obesidade.

"Nossas crianças bebem refrigerantes em demasia. Mesmo que o consumo destas bebidas não seja a única causa da obesidade, é um fator essencial", disse o presidente, segundo trechos da entrevista publicados previamente pela revista.

Obama ressaltou, porém, que as "resistências" a esta ideia seriam muito fortes, sobretudo nos estados americanos produtores de açúcar. Segundo ele, estes estados "são sensíveis a todos os fatores que podem reduzir a demanda".

Além disso, "as pessoas talvez não queiram ouvir alguém lhes dizer o que devem comer ou beber, e entendo isso", explicou Obama nesta entrevista, dedicada às maneiras de manter uma vida mais saudável e ao grande projeto presidencial de reforma do sistema da saúde.

Obama, que pratica exercícios quase todos os dias, se descreveu como uma pessoa que "tem uma alimentação saudável". O presidente mandou colocar uma taça cheia de maçãs no Salão Oval. "Foi a primeira medida de reforma da saúde que tomamos", brincou.

De acordo com um relatório publicado em julho, dois terços dos americanos e um quinto das crianças são obsesos ou têm problemas de excesso de peso. O tratamento das doenças decorrentes da obesidade custa quase 150 bilhões de dólares a cada ano, quase duas vezes mais que o do câncer, alertaram as autoridades sanitárias.
(Diario de Pernambuco)

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