Recife ganha banco de leite humano

A unidade, que começa a funcionar segunda-feira na Maternidade Bandeira Filho, terá capacidade para armazenar e pasteurizar 400 litros por mês

O Recife ganhou o primeiro banco de leite humano administrado pela prefeitura e inaugurado ontem na Maternidade Bandeira Filho, em Afogados, Zona Oeste da capital. A unidade começa a funcionar segunda-feira, com capacidade para pasteurizar e armazenar, com os postos de coleta das maternidades Barros Lima e do Ibura, aproximadamente 400 litros de leite por mês. Na ocasião, o prefeito João da Costa também reinaugurou o bloco cirúrgico da maternidade, fechado há oito meses para reforma. “A principal vantagem da criação do banco de leite humano é o ganho de autonomia. Antes, realizávamos apenas a coleta do leite. O material era enviado para outras unidades conveniadas para ser pasteurizado. Dessa forma, perdíamos tempo. Agora, poderemos iniciar e concluir todo o processo na própria maternidade”, explicou Tereza Freire, coordenadora do setor. O banco de leite vai prestar serviço 24 horas e dispor de equipes para realizar a coleta domiciliar. A intenção da Prefeitura do Recife é ampliar as campanhas de doação de leite humano, criando uma ação de marketing permanente como ocorre com a doação de sangue. “Nosso objetivo é reduzir os índices de mortalidade infantil e promover o aumento da amamentação dos recém-nascidos”, explicou o prefeito João da Costa. O município já conseguiu avanços nessa área. Números apresentados pela prefeitura mostram que o Recife é a 6ª capital brasileira em aleitamento materno exclusivo, como é definida a amamentação de crianças até seis meses de idade. Os índices de aleitamento teriam pulado de sete dias em 1999 para 50 dias em 2008.

CIRURGIAS - O bloco cirúrgico da Maternidade Bandeira Filho também foi reaberto ontem, depois de passar por uma reforma estrutural. Com investimento de R$ 210 mil, a prefeitura recuperou as máquinas de refrigeração, realizou a impermeabilização da coberta, pintou as salas de cirurgia e substituiu todas as portas do local. Com a reforma, o bloco cirúrgico terá a capacidade de atendimento ampliada de 300 para 350 partos por mês e de 30 para 35 cirurgias eletivas mensais. A reabertura foi comemorada por funcionários e usuários porque o atendimento estava reduzido a 50% desde que a unidade começou a ser reformada.
(Jornal do Commercio)