sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Projeto quer impedir exploração de crianças e adolescentes

Juízes, advogados, psicólogos e policiais civis e militares visitaram vários estabelecimentos da Zona Sul do Recife para fiscalizar se crianças e adolescentes estão sendo colocados em situação de risco

Integrantes da Vara Regional da Infância e da Juventude lançaram um projeto, ontem à noite, para impedir que estabelecimentos comerciais e casas notunas da Região Metropolitana do Recife (RMR) coloquem crianças e adolescentes em situações de risco (exploração sexual e consumo de bebidas alcoólicas e drogas). Vários estabelecimentos do bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foram visitados por juízes, advogados, psicólogos e policiais civis e militares. Até o fechamento desta edição, às 23h30, mais de dez estabelecimentos tinham sido visitados, mas não houve flagrante de menores em situação de risco. Durante a operação, as autoridades entregaram a donos de bares e restaurantes cópia das cinco portarias que disciplinam a entrada e permanência de crianças e adolescentes em eventos dançantes, shows, bares, boates, estádios de futebol, casas de diversões eletrônicas, parques aquáticos, temáticos e de diversões, casas de brinquedos eletromecânicos e espetáculos públicos. “Não queremos que esses locais sejam nossos inimigos. Pelo contrário. Eles serão nossos parceiros, não servindo bebidas a menores de idade e fiscalizando possíveis irregularidades”, informou o juiz Humberto Vasconcelos. A intenção do grupo é que cerca de 10 mil estabelecimentos sejam visitados. O período do projeto não foi determinado. A operação de combate à exploração de crianças e adolescentes acontecerá todas as quintas, sextas e sábados. “Além da fiscalização, essa ação serve para orientar pais e responsáveis sobre suas obrigações. Eles precisam saber o que seus filhos fazem, com quem andam”, completou o juiz Paulo Brandão. Lan houses também serão alvo de fiscalização. Donos de bares e restaurantes visitados aprovaram o projeto. “É uma atitude bastante válida. Temos que zelar pelas crianças e adolescentes. O simples ato de não servir bebidas alcoólicas é um ato de respeito por esse público”, explicou Júnior Mendonça, gerente do bar Boteco. Apesar de assustados com a entrada de vários juízes, psicólogos e policiais nos restaurantes, clientes dos locais também aprovaram a medida. “É difícil ver uma ação como esse. Acho importante ações como essas. Precisamos ter cuidado com as crianças e adolescentes”, disse a relações públicas Sabrina Cavalcante.
(Jornal do Commercio, 21/08/2009)

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