sábado, 22 de agosto de 2009

Mulheres do Apitaço vão usar mídias livres

O grupo de mulheres Cidadania Feminina promove, a partir da próxima segunda-feira (24/08), o primeiro curso de mídias livres para jovens da comunidade do Córrego do Euclides, na Zona Norte, no Recife. As aulas fazem parte do projeto Mídia Advocacy, e irão acontecer na sede da entidade, na Rua Córrego do Euclides, 672, Alto José Bonifácio, nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 18 às 21h. As participantes irão aprender desde o significado do uso de novas tecnologias, dos softwares livres, até o manuseio de ferramentas de edição de áudio. As atividades práticas serão complementadas, aos sábados, com rodas de diálogo sobre comunicação, cidadania e direitos humanos. A expectativa é que as mulheres possam, ao longo da formação, montar uma radio poste na localidade. A proposta, contemplada com o Prêmio de Mídia Livre, oferecido, em junho, pelo Ministério da Cultura (MINC), vai ser desenvolvida até dezembro deste ano. Além do curso, a entidade está montando um blog e um twitter para melhorar sua comunicação com a sociedade e se articular o com outros grupos de mídia livre e organizações feministas de todo o país. Também estão previstas a realização de seminários de comunicação, cursos de produção de rádio e oficinas sobre feminismo e direitos das mulheres. A ação acontece em parceria com o Fórum de Mulheres de Pernambuco, Observatório Negro e a Ashoka Empreendedores Sociais.
Histórico: O Grupo Cidadania Feminina atua já há cerca de sete anos na comunidade do Córrego do Euclides, no Recife, e conta com 76 mulheres e este ano trabalharam com 90 mulheres de diversos bairros da cidade com vários projetos. A entidade iniciou suas atividades com reuniões nos quintais das casas da localidade, estratégia para chegar mais perto das mulheres e discutir temas do cotidiano feminino. Atualmente, a organização tem como objetivos principais o enfrentamento da violência e a valorização da identidade racial. Além dessas atividades, desenvolve ações voltadas para a alfabetização, possui uma biblioteca que beneficia também às crianças e adolescentes, projetos voltados à autonomia econômica das mulheres (com uma cooperativa para a produção e comercialização de alimentos), oficinas sobre direitos humanos e de fala pública feminina.
( Sugestão de pauta do Ponto de Mídia Livre: Cidadania Feminina, Jonara Medeiros)

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